O Congresso quer cortes de gastos, mas não no seu pedaço
O governo emparedado
atualizado
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Resumo da ópera: o Congresso não quer ouvir explicações sobre cortes de despesas do governo, como ontem ficou demonstrado quando o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, ali compareceu e foi atacado por um moleque. O Congresso quer apenas cortes.
E não quer cortar na própria pele, muito menos nos 52 bilhões de reais destinados ao pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento da União. Isso jamais. Em hipótese alguma.
E não quer tampouco medidas de economia que atinjam os mais ricos, empresas e bancos que financiam a eleição de deputados e senadores.
Se possível, o Congresso só quer cortes, nada mais do que cortes de gastos, mesmo que impeçam ou dificultem a tarefa do governo federal de governar. Simples assim.
Tal coisa prejudicará os programas de assistência social, o socorro aos brasileiros mais pobres, a Educação, a Saúde, a Cultura, o combate ao crime organizado? E daí? Que se danem.
Como disse Bolsonaro à época da pandemia da Covid-19, que morram os mais fracos, os que tiverem de morrer. O Congresso não é coveiro.
Ou então que acreditem no empreendedorismo e que se tornem empreendedores. Dito de outra maneira: se virem.
Meritocracia é um sistema organizacional em que o sucesso e o reconhecimento são determinados pelo mérito individual, desempenho e esforço demonstrados. Confira no Google.
Então estamos de acordo. Ponto final.