“Cracknete”: traficantes vendem drogas em patinetes elétricos no DF
A PCDF identificou que um dos traficantes usava um patinete elétrico para traficar no chamado “Buraco do Rato”, no Setor Comercial Sul
atualizado
Compartilhar notícia

A operação “Fim da Linha”, desencadeada pela Polícia a Civil do Distrito Federal (PCDF) nas primeiras horas desta quarta-feira (11/6) para desmantelar um esquema de tráfico de drogas que corria solto na Rodoviária do Plano Piloto, também flagrou a movimentação dos traficantes em outro ponto da Área Central de Brasília. Um dos traficantes alvo da investigação usava um patinete elétrico para se movimentar pelo “Buraco do Rato”, conhecido ponto de uso e venda de drogas no Setor Comercial Sul.
Imagens feitas por investigadores da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) flagraram o criminoso percorrendo as estruturas improvisadas por moradores de rua e usuários de drogas que vivem no local. Algumas cabanas improvisadas acabavam servindo como boas de fumo para acobertar as transações envolvendo as pedras de crack. As imagens registraram boa parte das vendas feitas pelo criminoso, que se movimenta com o patinete elétrico por entre as tendas.
De acordo com investigações, os alvos não integram uma mesma organização criminosa, mas mantêm relações pontuais e de conveniência, frequentemente se abastecendo entre si em situações de necessidade, especialmente quando há demanda imediata por entorpecentes. A ação, que conta com o apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) cumprem de 13 mandados judiciais, sendo 10 de busca e apreensão e três de prisão temporária, expedidos com base em investigação de alta complexidade, iniciada ainda em 2024.
Veja traficante usando patinete elétrico para vender drogas:
Trinta anos de prisão
Os presos responderão, conforme os elementos individualizados, pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A soma das penas pode ultraar 30 anos de reclusão.
A operação contou com o apoio de mais de 50 policiais civis, com efetivo especializado do Departamento de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores, essenciais na identificação de locais de ocultação de substâncias ilícitas.