Como um analgésico virou caso de crime retratado em série da Netflix
Série documental disponível na Netflix retrata um crime que deixou sete pessoas mortas
atualizado
Compartilhar notícia

Produções inspiradas em casos reais estão chamando cada vez mais a atenção do público. É o caso da série Caso Arquivado – Os Assassinatos do Tylenol, lançado na Netflix em março deste ano.
O título retrata um crime que abalou os Estados Unidos e resultou em uma das maiores investigações criminais da história do país.
O caso começou em setembro de 1982, quando Mary Kellerman, uma moradora de Chicago de 12 anos, recebeu um comprimido de Tylenol dos pais após se queixar de dor de garganta.
O medicamento é um analgésico com o princípio ativo paracetamol, indicado para tratar diversas dores, como de cabeça, musculares, dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de dente e nas costas.
No caso de Mary, o remédio causou o efeito contrário, já que a menina morreu poucas horas depois da ingestão. Ela se tornou uma de pele menos sete pessoas que morreriam após ingerir cápsulas de Tylenol.
Posteriormente, foi descoberto que o medicamento estava envenenado com cianeto — um composto químico extremamente tóxico.
Investigação
A série, dividida em três partes de aproximadamente 40 minutos, revisita as mortes que geraram pânico nacional. O ocorrido causou uma crise de saúde pública, levando a fabricante Johnson & Johnson a agir rapidamente e criar lacres invioláveis.
Antes do envenenamento por Tylenol, medicamentos e alimentos eram estocados nos Estados Unidos usando apenas uma tampa e sem lacre.
A grande questão é: quem colocou cianeto no Tylenol e como os frascos envenenados chegaram às plateleiras das lojas? Por meio de entrevistas, agentes do FBI investigam se o remédio foi deliberadamente contaminado ou se trata de um acidente em uma fábrica da Johnson & Johnson.